Descobri que giro melhor do que penso. Será?
Sonhei que eu era bailarina. Girava pra lá e pra cá num filme de Godard e suas cenas vibrantes. Nada permanecia. Meus passos só acompanhavam a minha emoção. Minha vontade de flutuar não me deixava acordar. Tudo tinha movimento, como os desenhos da minha irmã, traçados por riscos ilusórios e desgovernados.
No sonho, eu fazia par com o Fred Astaire. Mas... logo... me descuidei sem querer. Pisei no pé do rapaz. Ele olhou para mim, pediu licença e saiu. Fiquei envergonhada. Despertei.
E, lembrei que meu lugar era sentir o momento de pensar, mesmo neste sonho de dançar em imagens suntuosas, formado por movimentos aleatórios e inconscientes.
Então, me vi apaixonada pelo movimento de um pensamento cheio de figuras caóticas: um descompasso sem começo, meio ou fim.
Assim! Decidi! A minha Filosofia, a partir de hoje, será escrita como se estivesse numa ciranda. Pra lá e pra cá. Pra cá e pra lá. Sem perder o ritmo, quero falar do movimento que não pára, mesmo para quem não sabe dançar.
Sonhei que eu era bailarina. Girava pra lá e pra cá num filme de Godard e suas cenas vibrantes. Nada permanecia. Meus passos só acompanhavam a minha emoção. Minha vontade de flutuar não me deixava acordar. Tudo tinha movimento, como os desenhos da minha irmã, traçados por riscos ilusórios e desgovernados.
No sonho, eu fazia par com o Fred Astaire. Mas... logo... me descuidei sem querer. Pisei no pé do rapaz. Ele olhou para mim, pediu licença e saiu. Fiquei envergonhada. Despertei.
E, lembrei que meu lugar era sentir o momento de pensar, mesmo neste sonho de dançar em imagens suntuosas, formado por movimentos aleatórios e inconscientes.
Então, me vi apaixonada pelo movimento de um pensamento cheio de figuras caóticas: um descompasso sem começo, meio ou fim.
Assim! Decidi! A minha Filosofia, a partir de hoje, será escrita como se estivesse numa ciranda. Pra lá e pra cá. Pra cá e pra lá. Sem perder o ritmo, quero falar do movimento que não pára, mesmo para quem não sabe dançar.
7 comentários:
os desenhos na parede causam vertigens circulares.
para investigarmos o mundo, deveríamos indispensavelmente investigar a nós mesmos. pensaríamos então o mundo a partir disso, e portanto com mais convicção, estabelecendo mais adequadamente a talvez mais difícil das relações, entre sujeito e mundo.
grande descoberta, minha querida.
" e se você fecha o olho a menina ainda dança, dentro da menina, ainda dança, até o Sol raiar..."
Pensei no que comentar...mas só vem uma imagem à cabeça: Daiane a bailar com uma saia rodada de cetim lilás.
...cetim lilás?
caramba!
sempre que penso em conversas de cetim, penso exatamente nessa cor!
ai... ai, Dona Jé!!!
belo texto...inspirado e inspirador!!!
passarei mais vezes por aqui!!!
bjs!!!
nossa, Rafa...
vc por aqui!!!!
uauuu...
estou feliz pra caramba!!!
grande beijo
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