16.9.09

dois



O convite veio à meia-luz. Não consegui resistir. Havia um plano em comum. Você conjecturou um sequestro relâmpago, mas meu sorriso não me deixava ser vítima. Tudo ao redor estava fora de um bom cenário de estreia. Então, resolvemos fugir logo. Ir para um lugar perto da sensação de abismo da primeira vez de um casal. Nossa primeira noite não poderia ser diferente do encontro de duas pessoas que pouco se conheciam, mesmo com toda ardência presente no nervosismo do coração acelerado e das pernas trêmulas. Eu fiquei rendida para um sumiço, para algo apagado de outros. Você olhava pra mim como se me percebesse pela primeira vez. Nunca pensamos em sentir algo tão próximo. Era tudo perfeito, porque nossos defeitos foram superados e as virtudes criavam um pacto de infinitude naquelas horas levitantes. Você acelerou o carro e eu não pude deixar de pensar: quando iremos nos apaixonar?

2 comentários:

ALEX FERNANDES disse...

Guria, assim penso:

um encontro marcado (mais pelo acaso) por dois amigos. Apesar desta condição, são atraídos pelo desejo carnal. Eles querem, realmente, uma paixão; um amor verdadeiro. Enquanto isso não acontece, aguardam com expectativa e se acalmam com sexo.
A história vai continuar?

Adorei o texto!
Abraço do amigo.

Maria Claudia disse...

AGORA!! HJ VAMOS NOS APAIXONAR! O AMANHA NAO IMPORTA.